domingo, setembro 19

blabla ble Mimi mi

Falando francamente, o esperado é que o conhecimento gere angústias insaciáveis, que se retroalimentam. O previsível é o recolhimento por não identificação, a clausura por opção, o silêncio como ataque e o desdém como escudo. O extraordinário é presenciar o conhecimento transfigurar-se em sábios pássaros de rapina, em oásis de porvir, em inusitados seres do devir e para o devir. O devir larva, é deste que vós falo, amigo. Agora vá, seus livros são âncoras. Não, não se iluda: estas larvas que traz em folhas datilografadas não são devires: é procrastinação, inércia e velharia, mas nem por isso não lastimarão pela borboleta interrompida; suas lágrimas lhe serão úteis, não pelo conhecimento (narcísico) que hasteia, mas que para esta âncora que carrega contigo cumpra sua única função... É lastimável que não consiga, amigo, com isto, cachoeiras que lhe seriam fênix, mas sim esparsos e calmos vales de lágrimas. Eu?! Eu estou cada vez mais convencida de que ‘ser afetada’ pelo que lê é fácil, o difícil é reunir forças pra continuar a viver ao lado de quem desconhece o lido... (como se fosse só isso... enfim, ...)

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